AYA

Nós somos o AYA – Laboratório de Estudos Pós-Coloniais e Decoloniais, vinculado ao Departamento de História (DH), ao Programa de Pós-graduação em História (PPGH) e ao Programa de Pós-Graduação em Ensino de História (ProfHistória) do Centro de Ciências Humanas e da Educação (FAED) da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). Constituído em julho de 2016, o AYA é uma encruzilhada, uma reunião de pessoas de distintas realidades, plurais em regionalidades, raças, gêneros, classes e sexualidades, pessoas de muitos passados. Em nossa base há um projeto de equidade, praticado diariamente, que marca nossas relações, levando no cotidiano os sentidos de coletividade visualizados nas muitas realidades históricas sobre as quais buscamos refletir.

O AYA é um sonho de que um mundo outro é possível, como nos apontam ativistas e intelectuais vinculadas/os aos estudos pós-coloniais, decoloniais, afro-diaspóricos e indígenas. Um sonho que não tem a intenção de ser uma utopia, que não é sobre um futuro distante, mas sobre o que se faz aqui e agora.

Com ênfase nas temáticas africanas, afro-diaspóricas e indígenas, procuramos desenvolver reflexões articulando saberes de diferentes campos do conhecimento, em especial, das ciências sociais, humanas e políticas, na perspectiva da transdisciplinaridade, interculturalidade e interseccionalidade. Visamos contribuir para a implementação das Leis Federais 10.639/03 e 11.645/2008; das Diretrizes Nacionais de Educação para as Relações Étnico-Raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (Diretrizes de 2004); e das Diretrizes Operacionais para Implementação da História e das Culturas dos Povos Indígenas na Educação Básica em decorrência da Lei n. 11645/2008 (Diretrizes 2016). Partindo da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, buscamos congregar professores/as, discentes de graduação e pós-graduação, artivistas e ativistas de movimentos sociais e coletivos negros, africanos e indígenas na proposição e execução dos projetos e ações desenvolvidos no laboratório. Tal configuração possibilita trocas de conhecimentos entre pessoas situadas a partir de diferentes espaços geopolíticos, lugares de enunciação e de atuação, possibilitando a produção de práticas e epistemologias plurais na construção do conhecimento.

Nosso comprometimento, portanto, alia anseios teóricos e práticos na busca pela quebra dos muros da universidade e por sua transformação, objetivando erodir as práticas racistas que fundaram o conhecimento científico, a instituição da universidade e a própria História. Buscamos evidenciar e questionar o eurocentrismo, o epistemicídio e os racismos que produzem projetos de morte para populações que se negam a participar de tramas moderno-capitalistas.

O AYA não se pretende ao apaziguamento e à tranquilidade, mas ao bom combate e incômodo frente à manutenção das desigualdades e opressões históricas e epistêmicas, porque somente bem articulados poderemos dar continuidade ao trabalho contínuo que observamos historicamente e que buscamos fazer. Não nos pretendemos ao ineditismo, porque muitos antes já estavam produzindo conhecimentos e práticas questionadoras, e a todo esse conjunto de pessoas somos tributárias/os e conscientes de que nesta luta não estamos sós.

Equipe

DOCENTES

ESTUDANTES DE GRADUAÇÃO (BOLSISTAS)

ESTUDANTES DE PÓS-GRADUAÇÃO

PESQUISADORAS/ES ASSOCIADAS/OS

AYA LABORATÓRIO

Laboratório de Estudos Pós-coloniais e Decoloniais – AYA